domingo, 6 de dezembro de 2009

Cultura da Convergência - as transformações culturais!



A atividade dessa semana da disciplina Tecnologias, Cultura e Socialização do curso de pós-graduação da UFMG ministrado pelo professor Ricardo, é baseada no capítulo 3 de Jenkins (2008). O texto é bastante esclarecedor e explicativo, nele o autor trata da narrativa transmidiática, da cultura de convergência e da relação que as pessoas passam a ter com as mídias.
Eu gosto muito de cinema, assistir um bom filme, comentar e discutir as cenas com os amigos e após a leitura do texto, percebi muitos pontos sobre a composição das obras cinematográficas.

Assim, a convergência de mídias tem como referência à reunião de vários tipos de conteúdos em um mesmo suporte. Como resultado do desenvolvimento da cultura da convergência, ou seja, a maneira como a informação é recebida, processada e elaborada pelas pessoas, surge a narrativa transmidiática. Uma narrativa transmidiática se desenrola através de múltiplos suportes midiáticos, cada texto contribui de forma diferente, mas valiosa para o todo, tendo como resultado uma história que possa ser introduzida em filmes, na televisão, quadrinhos, games etc. No processo cultural a convergência estimula a participação dos usuários-consumidores nas decisões que antigamente ficavam restritas aos interesses dos fabricantes, onde os usuários comuns interagem, modificam os conteúdos que originalmente foram construídos pelos autores.


Jenkins cita o filme Matrix como uma grande manifestação de crítica e público acerca desse tema não só por conta dos filmes, mas por seu conceito único, dos vários pontos de discussão que se desencadeou. Matrix se expandiu nos quadrinhos on-line, games e animação antes de retornar às suas continuações cinematográficas.


Refletindo sobre as novas mídias e a crescente participação das pessoas nas obras de ficção chego à conclusão que o famoso seriado LOST pode ser exemplificado como narrativa transmidiática. O seriado teve sua continuação em outras mídias, como nos games, vídeos para o celular, sites na Internet, DVD e TV.
Acompanhei LOST pela televisão e ao final de cada série, é deixado um enigma em aberto para ser resolvido no episódio seguinte, o espectador além de processar esse conteúdo, se transforma em participante ativo a partir do momento em que assiste e decodifica o episódio, e ainda pode utilizar a internet para discutir com outros fãs o próximo mistério.







Portanto, é necessário compreender este novo mundo sob uma visão convergente, na qual as velhas e as novas mídias parecem se fundir a cada dia.


Wordle: convergencia

4 comentários:

  1. Olá Viviane,
    Sou Lostmaníaca convicta. Assistí a todas as temporadas sem perder um episódio sequer. Estou ansiosa para o Janeiro chegar e poder assistir a última temporada. É claro que será pela net, porque aqui no Brasil só começa em fevereiro. Em minha opinião o melhor da serie acontece nos fóruns de discussão na net. Amo ver as teorias sobre os enigmas da história. Estou certa de que, por mais que os produtores nos surpreendam com enredos mirabolantes, a participação dos fans e toda a mobilização em torno da série é que confere o sucesso do show.
    Com o que aprendemos sobre a Cultura da convergência podemos ver que hoje mais do que nunca os consumidores estão aprendendo a exercer seu poder. A interatividade proporcionada pela convergência das mídias tem levado os grandes conglomerados da comunicação a pensar no consumidor não como um simples receptor mas como um co-autor.

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  2. Olá, Viviane!

    Assisti a Matrix em um computador e pude perceber como as coisas são diferentes quando se faz uma releitura daquilo que já se tinha visto antes. Quando você cita Jenkins em referência às relações das pessoas com as mídias na composição das obras cinematográficas, imagino a metalinguagem que se cria quando se vê um filme dessa temática, como é o caso de Matrix nas telas de um computador. Você tem razão quando afirma, à luz de Jenkins, que a convergência de mídias tem como referência à reunião de vários tipos de conteúdos em um mesmo suporte. Isso é verdade, pois tudo o que se produz tem como intuito a aceitabilidade em massa do consumidor.

    Abraços.

    Genaro.

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  3. Olá Viviane,
    também cito a séire LOST como franquia transmidiática, acho que nenhuma série foi tão discutida, comentada e enigmática como essa. Acredito que aquele consumidor de cultura de massa passivo, como aquele surfista de canais citado por Johnson, está em extinção! Adoro a série, aliás, sou seriemaníaca! Adoro House, Law and Order, CSI, Simpsons, Monk, etc...Dou meus pitacos de vez em quando nos debates sobre o que acontece nesse universo!
    Parabéns! Bjs

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  4. Olá, Viviane!
    Bem interessante a sintonia de sua análise de Lost à luz de Jenkins. Esta terceira disciplina trouxe-me um outra lente para observar, principalmente, filmes! Eu sempre olhava mais pelo lado da Semiótica. Agora, depois dessa leitura eu teria que rever Matrix e ainda ter alguém como você por perto depois para conversar... (rs).
    Abraços
    Marieta

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